O desenvolvimento e alimentação das plantas está relacionada com o processo da fotossíntese, sendo as folhas a “fábrica” onde os alimentos são processados e transformados em glicose. É no processo de fotossíntese que os alimentos são processados e que a planta produz a glicose necessária para o seu desenvolvimento, através da absorção de dióxido de carbono e a libertação de oxigénio. Sendo a iluminação uma das variáveis que ativa o processo de fotossíntese é importante que em cada cultura se faça a gestão e controlo da iluminação (nº de horas exposição e espectro de luz adequado em cada fase de crescimento da planta) de acordo com os resultados pretendidos, podendo a iluminação interferir:
- na eficiência da produção (ex: na produção de morangos e tomate);
- no aumento mais saudável dos vegetais e da sua produtividade (ex. rabanetes, alface e plantas aromáticas);
- Na morfologia da planta (altura, caule e folhas) nas várias fases do seu desenvolvimento (canábis medicinal).
Em comparação aos seres humanos, as plantas têm uma diferente perceção da luz. Os humanos são mais sensíveis à luz verde. O olho humano usa fotorreceptores especiais para caracterizar a luz em termos de intensidade e cor. Esses fotorreceptores são muito sensíveis aos comprimentos de onda verdes e muito menos sensíveis aos comprimentos de onda azul e vermelho.
A medição de iluminação ao nível o olho humano é efetuada através do modelo Lúmen (lm), sendo esta a unidade internacional de medida adotada para aferir a quantidade total de luz visível pelo olho humano que uma fonte de iluminação é capaz de gerar. Por outras palavras, é a medida utilizada para medir o fluxo luminoso, seja ele natural ou não. O lux (lúmen / m²) é a medida de intensidade usada para caracterizar o número de lúmens distribuídos numa superfície de 1 m².
Ao contrário do olho humano, as plantas têm uma sensibilidade muito mais ampla, e utilizam todos os comprimentos de onda de luz do modelo PAR (Photosynthetically Active Radiation) entre 400 e 700 nanometros (nm) e que são essenciais para a fotossíntese. A medição do espectro de iluminação PAR nas plantas faz-se através da densidade de fluxo de fótons fotossintéticos (PPFD - Photosynthetic Photon Flux Density), medido através do número de unidades em µMol / m2 / s. (micromoles por metro quadrado por segundo).
Como as plantas são mais sensíveis ao azul e ao vermelho, as medições em lúmens e lux não devem ser utilizadas para caracterizar a luz natural ou artificial na área da estufa/indoor, devendo sim ser considerado o PPFD através do número de unidades em µMol/m2/s em cada projeto na área de cultivo em causa, e considerando os resultados pretendidos e a fase de crescimento da planta. A Goodxon auxilia os seus clientes no estudo necessário para obter a melhor iluminação para cada fase de crescimento da planta (germinação, vegetação, floração).
Brevemente desenvolveremos mais noticias sobre o efeito da luz nas plantas em cada fase de crescimento.